DISPOSITIVOS DE ANIMAÇÃO
Taumatrópio é um brinquedo que foi popular na Era Vitoriana. Foi inventado em 1824, por Peter Mark Roget, e consiste num disco de papelão com uma imagem em cada lado, é preso a dois pedaços de corda, que quando torcidas, rapidamente, entre os dedos as imagens dos dois lados parecem combinar uma imagem em movimento,devido aos princípios da persistência da visão.
Fenacistoscópio, do grego espectador ilusório, é um dispositivo inventado por Joseph Plateau em 1829, para demonstrar a sua teoria sobre a persistência na retina. Consiste em vários desenhos de um mesmo objecto, em posições ligeiramente diferentes, distribuídos por uma placa circular lisa. Quando essa placa gira em frente a um espelho, cria-se a ilusão de uma imagem em movimento.
Zootropo (também conhecido como zootrópio), de origem grega (zoe = vida + tropos = giro, roda), também se denomina zoetrope ou daedelum, é uma máquina criada em 1834 por William George Horner, composta por um tambor circular com pequenas janelas recortadas, através das quais o espectador olha para desenhos dispostos em tiras. Ao girar, o tambor cria uma ilusão de movimento aparente.
Praxinoscópio é um aparelho inventado pelo francês Émile Reynaud em 1877 e deriva do zootropo, e no local das fendas eram colocados espelhos que impossibilitavam a visualização directa, dando uma impressão cintilante nos desenhos. Através de um complicado sistema de lentes e espelhos, a animação era projectada numa tela. A multiplicação das figuras desenhadas e a adaptação de uma lanterna de projecção possibilitam a realização de truques que dão a ilusão de movimento.
Zoopraxiscópio, de origem grega (Zoe = "vida" + Praxis = "exercício da vida humana" + Scópio = "Observar"), é um Dispositivo de Observar a Vida em seu Exercício(praxis) e servia para projectar as imagens para estudo do movimento. Foi inventado por Eadweard James Muybridge entre 1830 e 1904.
Este aparelho não capturava imagens, apenas as exibia de forma animada, girando uma manivela, onde um pequeno disco, tal e qual o fenacistoscópio, circulava intercalando fotografias do mesmo objecto, em posições diferentes. O dispositivo influenciou os estudos de cronofotografia de Marey e por conseguinte, todo o desenvolvimento fotográfico e cinematográfico, assim como, a origem da película de celulóide, usada ainda hoje.
O cinematógrafo é o marco inicial da história do Cinema e é considerado um aperfeiçoamento feito pelos irmãos Lumière do cinetoscópio de Thomas Edison. Terá, no entanto, sido inventado pelo francês Léon Bouly em 1895. Bouly, perdeu a patente, por ter sido de novo registada pelos Lumière, a 13 de Fevereiro de 1895.
Este aparelho permitia registar uma série de instantâneos fixos (fotogramas), criando a ilusão do movimento que durante um certo tempo ocorre diante de uma lente fotográfica e depois de reproduzir esse movimento, projectava as imagens animadas sobre uma tela. Convencionalmente, a ilusão é produzida pelo fenómeno da retenção retiniana ou movimento beta.
É um dispositivo híbrido, que associa as funções de máquina de filmar, de revelação de película e de projecção.
Cinetoscópio é um instrumento de projecção interna de filmes, inventado por William Kennedy Laurie Dickson, chefe engenheiro da Edison Laboratories de Thomas Edison, em 1891. Possuía um visor individual através do qual se podia assistir, mediante a inserção de uma moeda, à exibição de uma pequena tira de filme em Looping, na qual apareciam imagens em movimento de números cómicos.
Teatrógrafo (ou animatógrafo – animatographo) é um projector de cinema fabricado por Robert William Paul em 1896. O teatrógrafo e o vitascópio (vitascope) de Thomas Edison eram os projectores mais vendidos em todo o mundo no final da primeira década do séc. XX.
O termo animatógrafo é incorrectamente usado quando se refere ao cinematógrafo, invenção dos irmãos Lumière, por ser uma máquina de filmar, de revelar e de projectar filmes. Já o teatrógrafo (animatógrafo) e o vitascópio eram simples projectores.
Vitascópio, um projector de cinema comercializado por Thomas Edison em 1896.
Edison compra a patente de um aparelho de projecção de filmes, desenhado por Francis Jenkins e Thomas Armat, chamado Phantoscope. Após um desentendimento entre estes, por reclamarem cada um para si toda a autoria da invenção, acabam por ceder a Edison, que para si a reclama, passando a chamar-lhe Vitascope.
Perante o sucesso do Vitascópio, Edison o aperfeiçoa e em Novembro do mesmo ano lança o Projectoscope ou Projecting Kinetoscope e deixa de fabricar o Vitascópio.
Folioscópio é uma colecção de imagens organizadas sequencialmente, em geral, no formato de um pequeno livro para ser folheado dando impressão de movimento, criando uma sequência animada sem a ajuda de uma máquina. Foi muito popular nos finais do século XIX e início do século XX, sendo ainda fabricado hoje em dia. Conhecido em inglês por flip book e em francês por folioscope (por vezes, também chamado de kineograph, feuilletoscope ou "cinema-de-bolso").